:: Picard vs Kirk ::

Fui ver Nemesis, o último Star Trek, e pelo visto o último da nova e de qualquer outra geração. Um minuto de silêncio, por favor!

Depois de ver um Picard turbinado, com ares de quem tomou viagra e portanto cheio de gás(es), não posso deixar passar a chance de ouro de apimentar um pouco mais um debate tão importante para o nosso futuro enquanto habitantes (por enquanto) desse planeta azul e bonito.

Depois de tudo que já foi dito a respeito desses dois monstros espaciais, sou obrigado a lembrar que não é uma mera questão de diferenças entre o Picard e o Kirk, mas sim entre Patrick Stweart e o Wiliam Shatner.

Explico: se não bastasse o primeiro representar um comandante francês culto e cool (ainda que, às vezes, cuzão), ele próprio é um ator inglês, shakespeariano, na tradição de Hamlet, muito mais propenso a atitudes contidas e estudadas, permeadas por discursos eloquentes, do que ações machas desembestadas (se bem que esse último filme deixa uma ponta de dúvida).

Já o T.J. Hooker, digo, o William Shatner, segue uma outra tradição, a dos grandes heróis americanos feitos por John Wayne, Charlton Heston e Clint Eastwood, igualmente trágicos, mas seguros, rebeldes, solitários, que descem a porrada primeiro e perguntam depois. E pega a mulherada geral, nem que seja na unha!

Ou seja, no popular, o primeiro é um tremendo papagaio, fala mais do que come! Já o segundo come todo mundo, até viado!

Mas isso tudo é bobagem! Nada disso supera o episódio do Saturday Night Live com o Patrick Stweart mandando ver, na melhor linha Austin Powers, como o Capitão do Barco do Amor em “The Love Boat – The Next Generation”.

“Love, the final frontier!”. :))

E X C E L E N T E ! ! !

:)))