segunda-feira, dezembro 10, 2001

É como diz Joseph Conrad em um de seus contos “... e a mocidade, a força, o gênio, os pensamentos, as conquistas, os corações simples – tudo morre. Pouco importa”.

Assim como personagem principal deste conto, eu prefiro o soldado ao filósofo. O soldado vive cada momento, fazendo o que tem que fazer, chorando por seus amigos, mas seguindo em frente, enquanto o outro corre o risco de estagnar-se, perder-se completamente em dúvidas existenciais e na masturbação mental. O primeiro segue o conceito clássico, o homem firme e decidido, enquanto o segundo segue o conceito romântico, perturbado e confuso.

Sempre fui um romântico incorrigível, um otimista incurável, aquele que segura a barra dos amigos quando estão mal. Mas, nos últimos tempos, depois de tantas porradas, a situação tem se alterado sensivelmente. As coisas foram se tornando mais claras para mim. Percebo que, à medida que o tempo passa, a ilusão cede lugar à realidade, que se revela contundente, mas não perversa.

Apenas como ela é!

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