quinta-feira, novembro 29, 2001

Hoje sonhei com Maria. Foi muito estranho, pois não a vejo há muito tempo. Foi uma pena não ter rolado nada entre a gente, apesar do meu esforço em conquistá-la, no melhor estilo canastrão bobão. Para variar, o sonho foi meio bizarro: eu estava na garagem de meu antigo prédio em Ipanema, e então a encontrava perto dos elevadores. Lembro de ter ficado surpreso e perguntado como ela estava e se tinha visto o Geoffrey (nosso teacher) e a galera (da minha turma de conversação). Ela então me disse que não os via há muito tempo. Neste momento, apareceu meu chefe (Hein? É, isso mesmo, MEU CHEFE!!!), dizendo que estava desesperado porque sua mulher o havia abandonado (???). Então eu disse a ela que precisava ajudá-lo (Hein?) e que depois falava com ela. Então acordei!

Maria era uma garota maneira e superlegal. Apesar de ser baiana, ela não era marrenta nem tão pouco morena jambo, pelo contrário. Aliáis, todos gostavam dela. Ela era inteligente e sapeca, mas com uma ingenuidade cativante. Fisicamente, ela era magra, tinha cabelos e olhos pretos e pele bem branquinha. Ou seja, para mim, ela era linda! Sem dúvida, dava de dez em B. Deve estar com uns 23 anos agora. Ela estudava direito na Cândido Mendes, ou seja, um dia ela será uma advogada!!! (Direito na Cândido? Advogada? Talk serious! ARGH) Isto realmente era phodda, mas, tudo bem, até que estava dentro da minha margem de tolerância. Lembro quando ela comentou o dia em que ela, recém contratada como estagiária no Procom, foi intermediar o caso de uma mulher que queria devolver um consolo (isso mesmo, um consolo!!!) que havia comprado de um Sex Shop por alegar que o “produto” não correspondia às “especificações”, ou seja, tinha sido vítima de propaganda enganosa!

O detalhe principal é que a doce e ingênua Maria não fazia a menor idéia do que era um consolo! Até aquele dia!

Vejamos, se bem me lembro da história dela, deve ter sido mais ou menos assim:

Juntos na sala de reunião, Maria, a mulher (de seus quarenta e muitos) e o sujeito do Sex Shop:

Maria: A senhora pode começar. Por favor, diga-me qual foi o problema.
Mulher: Minha filha, veja só, eu comprei este artigo e não estou satisfeita! Me sinto enganada! Eu só quero devolver e pegar meu dinheiro de volta!
Maria: Mas por que exatamente a senhora não está satisfeita?
Mulher: Aqui, minha filha, dá só uma olhada! – ela então retira da bolsa a verga majestosa, um colosso grande e torto, feito de borracha preta.
Maria disse que quase caiu da cadeira com a visão daquela coisa – Cace... Caramba! – ela disse.
Mulher: É, minha filha, mas se você pensa que isso aqui funciona, está muito enganada! Aqui, no catálogo, tá dizendo que tem 30 por 2,5. Aqui, tá vendo? – disse, sacando o catálogo da bolsa– Mas, olha só, isso aqui não tem 30 cm, é bem menor! Só que eu gastei 100 reais e eles estão me dizendo que não vão me devolver o dinheiro!
Sujeito: Minha senhora, é o seguinte! Realmente, eu estou vendo que a senhora não ficou satisfeita, mas não houve má fé da nossa parte. Veja bem, como o produto é feito desta forma, curvo, ele parece ser menor, mas repare bem – disse ele, ao mesmo tempo que pegava uma fita métrica – Aqui, minha senhora, tá vendo? Tá dentro das especificações, conforme escrito no catálogo!
Maria começava a se recuperar do choque de ver aquele falo dantesco. Tinha sido pega no contrapé e não conseguia falar absolutamente nada, apenas permanecer petrificada, com os olhos arregalados, enquanto encarava a dita à sua frente. Meu Deus, será que é um pesadelo, ela pensou. Pensamentos bizarros povoavam a cabeça da coitadinha.
Mulher: Olha, essa é a primeira e última vez que eu compro pelo telefone! Esse negócio de ver fotografia em catálogo é uma tremenda enganação!
Sujeito: Minha senhora, infelizmente, é contra a política da empresa devolver dinheiro, principalmente por mercadorias usadas. Mas eu posso trocá-lo pra senhora! E ainda faço mais! Eu mando um representante na casa da senhora, com um mostruário completo, para que a senhora possa escolher um outro modelo! Que tal?
Mulher: Hum – disse ela, pensativa – Tá, tá bom! Mas tem que me ligar antes porque eu trabalho e nem sempre estou em casa!
Sujeito: Perfeitamente, minha senhora. Estamos resolvidos, então?
Mulher: Tá, OK! Assim, pra mim, tá bom!
Subitamente, Maria saiu do transe hipnótico em que estava e, de forma vacilante, perguntou:
Maria: Ahn? O que? Então, está resolvido?
Sujeito: Sim, está tudo certo! Bom, neste caso, eu tenho que ir andando. Pode deixar que eu ligo pessoalmente pra senhora, OK? Passar bem! – disse, enquanto cumprimentava a senhora e em seguida a assustada Maria.
Mulher: Bom, assim, fico mais tranquila. Você sabe, minha filha, a gente tem que brigar pelos nossos direito, não é? Você que trabalha aqui bem sabe as coisas que esse pessoal do comércio faz com a gente! Bom, olha, foi um prazer conhecê-la. Obrigada, viu? Tchau!
Maria: Ahn? Ah, tchau!


É, deve ter sido mais ou menos assim!

Coitada da Maria! (he, he, he) :-)

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