terça-feira, outubro 02, 2001

No sábado, fui ao Odeon com a Mônica e um casal de amigos dela. Tentei chamar o Melniboné. Ele me ligou quase na hora do filme, dizendo que estava meio acabado e que preferia não ir. Isto depois de várias tentativas para falar com ele, uma vez que ele estava dormindo desde o final da tarde. Assistimos um filme chamado “Um casamento à indiana”. Recomendo, principalmente para quem quer conhecer um pouco sobre os indianos. O cinema também é muito bom, confortável, com um grande balcão que deve tornar a visão ainda melhor. Após o filme, eu me despedi da Mônica e dos amigos dela e voltei para casa, morto de cansado, querendo desesperadamente dormir. Acho que a Mônica não ficou muito satisfeita, mas realmente não tinha vontade de prolongar aquela noite.

No domingo à tarde, fomos ao cinema (de novo), desta vez no Espaço Unibanco. Tentei chamar o Melniboné (de novo) que passou o dia dormindo, pois não estava se sentindo bem (de novo) e somente acordou quase na hora do filme (de novo). Desta vez, assistimos “A cidade das almas perdidas”. Um típico exemplar de “trash movie”. A história do filme é uma pérola: Mário (Que Mário?), um brasileiro que mora no Japão, liberta sua namorada chinesa da prisão e passa a ser perseguido pela máfia chinesa e a Yakuza. Em uma das partes do filme, o tal do Mário vai até São Paulo para matar uns “cabras sangue ruim”. O visual de São Paulo é igual ao das vilas mexicanas dos filmes de faroeste. Inacreditável. Mas as melhores cenas ainda estavam por vir. Em outra parte do filme, Mário, a namorada e um “carioca malandro”, que também vive no Japão, resolvem roubar uma grana da máfia chinesa para garantir sua fuga para fora do Japão. Eles conseguem roubar a grana e o “carioca malandro” sai cantando em meio ao tiroteio a múscia da copa de 70 (“A taça do mundo é nossa. Com brasileiro, não há quem possa.”). Nas legendas em inglês, aparecia: “The World Championship Cup is ours. Against the brazilians, nobody can.” HILÁRIO!!!

Existem dois embates “foda” durante o filme. No primeiro, o chefão chinês (muito viado, apesar de amar a chinesa do Mário) está prestes a sair na porrada com o valentão da Yakuza. Mas ele desafia o valentão para uma partida de PING-PONG, que aceita numa boa. Quando ele movimenta a raquete, o deslocamento de ar faz barulhinho! O chefão chinês então saca e, ao mesmo tempo, aperta um botão no chão com o pé. Neste momento, uma serra dispara contra o cara da Yakuza, que não apenas se desvia da serra, como também dá um tiro no chefão chinês e REBATE A BOLINHA. SENSACIONAL!!!

No segundo embate, o cara da Yakuza captura a namorada do Mário, chamando o brasileiro para a porrada. Quando eles se encontram, o cara da Yakuza (cheio de estilo), com um sorriso sarcástico, fala alguma coisa zombeteira em japonês para o brasileiro. Tradução: “Então você é o brasileiro fodão!”. ESPORRANTE!!! A porrada entre eles é rápida e nem é tão maneira, mas valeu pela tradução lapidar.

Ou seja, trata-se de um filme que já nasceu clássico. Confiram.

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