sexta-feira, dezembro 06, 2002

:: Aaaaaatchiiiiiiiim ::

Ops, minha amiga Tatiana acabou de espirar. Gentilmente, desejei-lhe “Saúde”. Ela sorriu e me agradeceu. E isso me fez lembrar de uma história.

Como era mesmo? Caramba, não lembro nem o que eu comi no café!

Bom, foi mais ou menos assim...

Aconteceu com a Daniela, uma amiga dos tempos da UFF, uma daquelas raras garotas que tinha coragem e loucura suficientes para estudar engenharia e frequentar salas lotadas de pós-adolescentes punheteiros, suados, fedidos e desbocados. Ela tinha visto aquele filme “Singles” (Lembram, aquele filme que se passa em Seattle, que tinha músicas do Nirvana, no auge do movimento grunge?) e concordava totalmente com a menina do filme, que sonhava em encontrar um cara que gostasse dela, fosse gentil e dissesse “Deus te abençoe” quando ela espirrasse e esse tipo de coisa. Para ela, isso representava a essência do carinho e do amor, expresso nas coisas mais simples. Pois bem, ela conheceu o meu amigo Andrei (com quem, aliás, não falo há um milênio). Andrei era mais velho do que a gente e levava a vida como surfista e dublê de estudante. Ou seja, não queria porra nehuma com nada. O cara era gente boa, bom de papo e causava um certo frisson na mulherada. Afinal, tinha morado nos "Esteites", viajado para vários lugares e tinha uma boa penca de histórias pra contar. E era boa-pinta, tenho que reconhecer. Ou seja, o sonho de consumo das menininhas. Bom, não deu outra: ela ficou caidinha pelo cara. Mas faltava alguma coisa. Até que um dia aconteceu o que vocês estão imaginando. Claro, senão porque escrever toda aquela xurumela no início? Pronto, foi aí que ela se apaixonou de vez. E fez de tudo, tudo mesmo, até pegar o cara. Até ir visitá-lo quando ele estava com catapora, apesar dela nunca ter tido. Bom, resumindo, eles namoraram por mais ou menos um ano, até que o destino, o bom e velho destino, decidiu que eles tinham que se separar. Estranho, não lembro bem por que. Bom, não importa. Só sei que, muito tempo depois, os dois me confessaram que aquela tinha sido a época mais feliz da vida deles. Detalhe: os dois me disseram a mesma coisa!

Putz... É o que dá ir tanto ao cinema!!! :))

Mas porque escrevi sobre isso? Sei lá... mil coisas. Talvez porque eu acredite da mesma forma que a simplicidade do pequenos detalhes é que de fato faz toda a diferença. Afinal, felicidade é um sentimento simples. Mas nós adoramos complicar tudo, não aceitamos ser felizes de forma realista e aceitar o que é impossível e improvável. Estamos sempre nos arrependendo, mas não conseguimos fugir dos jogos que testam nossos limites. Preferimos os sentimentos fortes, aqueles que nos atormentam e nos inquietam. Queremos viver viceralmente apaixonados, ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados... e sexo selvagem todo dia. Porque se não for assim, não tem graça.

Na boa, somos vítimas de nossa própria ingenuidade!

:)))

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