segunda-feira, dezembro 31, 2001

Tenho tantas coisas para falar que nem sei por onde começar. Bom como diria o meu velho, vou começar pelo começo.

O Natal já ficou para trás, mas vale comentar que este ano foi um pouco diferente, peculiar mesmo eu diria. É claro que rolou o tradicional treino de Karatê do dia 24, com a Shotokan apinhada dos perdidos de sempre que, sem dúvida, não tinham o menor saco de ficar em casa esperando pelo Papai Noel. Então, nada melhor do que dar uma treinadinha, com direito a ter Inoki Sensei treinando junto com a galera e mostrando como somos ruins. Não preciso dizer, mas treinar com ele simplesmente NÃO TEM PREÇO!

Mas a peculiaridade fica por conta da noite de Natal. Ao contrário das outras vezes, este ano eu saí de casa depois da comilança e fui confraternizar com uma galera maneira. Foi curioso, pois nunca tinha feito isso antes e no passado teria achado meio estranho. Fui pra casa da minha amiguinha Flori, que estava simplesmente lindíssima, usando uma mini-saia vermelha com aranhinhas pretas que pareciam querer saltar em cima da gente. Foi bem divertido, principalmente quando ouvimos os relatos hilários do Johnny, irmão da Flori, e do Julio, um amigo da Flori e do Melní, sobre a viagen regada à caninha Ypioca que eles tinham feito para a Ilha Grande e uma história maravilhosamente trash do Julio, cujo final retumbante tinha inclusive uma seqüência com cascatas de vômito que deixariam qualquer filme da Troma no chinelo.

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A semana que era pra ser curta foi bem mais longa do que pude imaginar. Na quarta-feira, meu chefe anunciou que estava abandonando o barco para se juntar ao do inimigo, digo, da concorrência. Isso é como se o Gandalf de repente virasse aliado do Saruman! Ou seja, um dos principais responsáveis pela minha decisão de debandar da Embratel para a Intelig estava dizendo tchau, tchau, adeus! Por um minuto, cheguei a considerar a hipótese de cancelar minhas férias. Mas então eis que minha massa cinzenta resolveu funcionar. Se eu continuasse trabalhando, apenas aumentaria meu cansaço e minha frustração, ao passo que, tirando minhas mais-do-que-merecidas férias, não só posso dar uma refrescada na cuca, como também evito o clima do tipo “Quem será o próximo que vai ralar o peito?” que certamente vai rolar após a saída do chefe. Na minha atual condição de pobre-diabo estressado, esgotado e carente, não posso me dar ao luxo de jogar minhas férias pelo ralo!

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Acabo de ligar para o meu campanha Led que, vale lembrar, encontra-se nos “esteites”. Ficamos um longo tempo conversando, o que certamente irá refletir na minha conta telefônica no final do mês. Mas isso é totalmente irrelevante, uma bobagem! Conversamos sobre o Senhor dos Anéis e que a Marie, pimpolha do Led, também está pilhada para ver o filme. Tomara que um dia ela queira jogar D&D com a gente! Conversamos também sobre Harry Porter e o provável método “de-trás-para-a-frente” adotado pela autora J.K. Rowling para a construção da história, o mesmo que muitas vezes utilizamos em nossas aventuras deideísticas. Mas o momento nos inspirou a conversar também sobre as tradicionais canalhices masculinas e como as mulheres, sem exceção, acabam sempre acreditando na mais absurda das hipóteses românticas. Por fim, falamos da minha atual condição sentimental, sobre a qual posso dizer que já me cansei de viver o futuro no lugar do presente. Seguindo o conselho do meu velho brou, é hora de ficar a léguas de distância do furacão que, sem eu perceber, estava me arrastando para as profundezas.

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E, se alguém perguntar por mim, diz que eu fui por aí ...

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